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Empresa camaleão: Adaptabilidade exponencial



A natureza mostra com muita eficiência e propriedade a necessidade de se adaptar ao meio, o camaleão faz isso com maestria. E se fizermos esta analogia com as empresas? Como seria a capacidade delas se adaptarem ao meio?


No final da década de 1980 a Motorola criou uma empresa chamada Iridium. O nome era alusivo ao elemento 77 da tabela periódica e tinha relação com os 77 satélites que eles acreditavam que seriam necessários para cobrir o globo terrestre com um serviço de telefonia de preço único (investimento de US$5 bilhões). Acreditavam em um mercado potencial de 1 milhão de usuários (no ano 2000 já eram 100 milhões) que pagariam uma taxa de US$5 por minuto. A base de raciocínio era a seguinte: o custo para distribuir torres de telefonia de US$100 mil cada pelo planeta e o alto custo de produzir celulares do tamanho de tijolos não seria viável. O plano de negócios da Iridium era de 12 anos. Enquanto os satélites estavam sendo lançados para órbita, o custo das torres caiu drasticamente e os celulares se tornaram baratos. O resto da história vocês já conhecem e os investidores da Iridium arcaram com US$ 5 bilhões de prejuízo.


Será que nossas empresas ainda podem utilizar pensamentos lineares para basear as suas estratégias de futuro, com base num passado estático?


Este é o mundo das organizações exponenciais, onde a idade das empresas, a força da marca e as vendas do presente e do passado não são capazes de garantir o sucesso no futuro. Algumas empresas fundamentadas em tecnologias exponenciais nascem e rapidamente se posicionam entre as maiores do mundo em questão de alguns anos:

  • Amazon (fundada em 1994)

  • Google (fundada em 1998)

  • Tesla (fundada em 2003)

  • Facebook (Fundada em 2004)

  • Uber (Fundada em 2009)

  • Whatsapp (fundada em 2009)


A Universidade de Yale fez uma pesquisa e identificou que uma empresa da S&P 500 (lista das 500 maiores empresas do mundo) em 1920 tinha um tempo médio de vida de 67 anos. Hoje esta idade é de 15 anos.


Conceitualmente uma organização exponencial se define como aquela em que o seu desempenho é muito melhor (10x mais) do que o de seus pares. São empresas que transformam o mundo sem grandes instalações físicas, sem exércitos de colaboradores e com base em tecnologias da informação sob demanda.


O que estamos vendo? A questão que fica em nossa mente é: então eu preciso acelerar? Melhorar o meu desempenho em 10x caso contrário estarei fadado ao fracasso?


Talvez não seja tão catastrófica assim a resposta. Talvez não precisemos melhorar na ordem de 10x, entretanto precisamos sim ter uma melhoria significativa no desempenho dos nossos negócios. Pense na seguinte lógica:

  • As tecnologias da informação estão transformando o mundo. Quanto do seu negócio é transformado pelas tecnologias da informação?


Este sim deve ser o tema da preocupação. O jogo possui regras novas, suas estratégias precisam mudar o foco, a forma, a direção. Se quiser continuar jogando, prepare-se para este novo cenário!


O mundo não muda mais de uma forma linear e isso é no mínimo provocante. O genoma humano teve 1% do seu total sequenciado em 7 anos. Logo se concluiu que levaria 700 anos para finalizar este projeto. Nos 4 anos seguintes foram sequenciados os outros 99%. Isso chamamos de DESEMPENHO EXPONENCIAL.


O que precisamos proporcionar é o surgimento de oportunidades disruptivas. Você não pode definir uma direção sem uma base sólida de informações. Quando este ambiente baseado em informação e conhecimento é constituído, o desenvolvimento pode entrar numa trajetória de crescimento exponencial.


Hoje muitos dos negócios ainda são analisados sob um ponto de vista do seu nascimento, deixa eu explicar: nasci para fazer algo, o farei eternamente. E se olhássemos para fora e não para dentro? Quem sabe o meu parque fabril e as minhas expertises são suficientemente boas para novos negócios, novos segmentos, novos modelos. Esta forma de olhar para a situação, com base em tecnologias da informação e conhecimento podem criar uma nova realidade.


Investidores num passado próximo direcionavam bilhões para uma empresa de sensores que cobriam um percentual ínfimo de território em 13 países. De uma hora para outra veio o Waze e transformou cada celular do planeta em um sensor e em 2 anos tinha 10x mais abrangência com custo zero para construção da infraestrutura de informação. O que nos impede de crescer exponencialmente? É perfeitamente compreensível não atingir tais índices de crescimento, mas seria incompreensível sequer pensar nisso.


Com base em tecnologias 3D, já existem empresas que colocam produtos dentro do Walmart em 29 dias, desde a concepção até o produto na prateleira.


Alguns fatores serão importantes neste desafio:

  • Acessar e utilizar recursos que não são seus;

  • Ter a informação como maior ativo;

  • Habilitar tudo o que pode ser habilitado para a informação dentro da organização.


As organizações precisam PENSAR GRANDE. Ninguém consegue avançar muito pensando pequeno, as empresas precisam ter um PROPÓSITO transformador, uma aspiração a ser perseguida e que inspire todos a alcançar algo maior. Não importa o quanto é boa uma equipe, se não for provocada a pensar diferente, fora da caixa, a organização estará restrita aos mesmos resultados. E o ENGAJAMENTO, como anda na sua organização? Nenhuma mudança significativa ocorre se não houver engajamento. E estamos tratando aqui de um grande processo de mudança, a mudança do processo “PENSAR O NEGÓCIO”.

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